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CONCURSO DE CULINÁRIA EM SÃO PAULO

PROJECTO MEMÓRIA MACAENSE MUDOU PARA NOVO ENDEREÇO

ANOTE

 www.memoriamacaense.org/projectomemoriamacaense

 

(basta acrescentar - projectomemoriamacaense - ao endereço do site)

 

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SÃO PAULO JÁ TEM A SUA CONCORRENTE

para o Concurso no Encontro de 2004 em Macau

 

Isabel Anok Pedruco arrasa !!!

 

"Pelo menos, agora sei que cozinho razoavelmente bem".  Procurando mostrar modéstia, Isabel Anok Pedruco não conseguia esconder a sua alegria, quando indagada sobre a sensação ao ser proclamada vencedora da 1a. fase do Concurso de Culinária Macaense para o Encontro de 2004, realizada nas dependências da Casa de Macau de São Paulo no último Sábado, dia 20 de Março.

Eram 9 horas da manhã, quando os competidores em duplas acomodavam-se nas 5 cozinhas.  Duas foram improvisadas. Pelas regras e regulamentos elaborados para o Concurso local pela comissão organizadora da Casa, com base no Regulamento Oficial de autoria da Comissão do Encontro, cada competidor  contava com um assistente e podia adquirir seus próprios ingredientes de acordo com as receitas entregues antecipadamente.  Havia um fiscal para cada dupla.

José de Conceição Almeida, natural de Macau, era o cozinheiro que ousou desafiar as demais mulheres, as quais, somente duas,  tinham homens como assistentes. "Vocês vão se surpreender com a minha cozinha", vaidoso, José avisava os amigos que estavam surpresos pois não sabiam desta sua qualidade.  "Aprendi com a minha avó", complementava.  A esposa Maria Oliveira, brasileira de Minas Gerais, dizia "foi com esta virtude que ele conquistou o meu coração". 

Além do José, competiam as duplas, Elsa Rosário Luíz e Julie Alexandre, Manuela Canavarro Agoston e José Agoston, Isabel Anok Pedruco e Isabel Batalha Airosa e Nanette Placé César e Virgílio César.  O número de competidores poderia duplicar ou triplicar, tal a quantidade de pessoas, mulheres e homens, capazes de cozinhar, na Casa de Macau de São Paulo.

O cheiro de comida espalhava-se por todas as dependências, enquanto a público de mais de 50 pessoas chegava para assistir à festa e degustar a comida.  Nas cozinhas tudo era segredo de Estado, ninguém entrava nem saía.  No salão da Sede, o espaço para o Júri estava isolado, as mesas postas e um detalhe chamava atenção.  Como saborear e avaliar 10 pratos mais 5 de doces sem misturar sabores? Viam-se potes de gengibre fatiado e mergulhado em calda de  açúcar e vinagre - em chinês "sín kéong".  "Serve para tirar o gosto da comida" explicava Armando Ritchie, um dos júris.  "Você come uma fatia e bebe água em seguida".  Boaventura Luz, outro júri, complementava "prefiro com chá".  Além dos dois, outro júri, Cecília Silva Senna Fernandes completava o trio.  Todos eram reconhecidamente experts de cozinha macaense.

Ao meio dia, os pratos foram chegando. A primeira série era de minchi, a segunda de um prato salgado e o terceiro de um doce.  Eram feitas fotografias antes de ir para avaliação.  Na sala somente era permitida a presença dos organizadores, para não atrapalhar a concentração do júri.  Estes observavam atentos aos pratos.  Tiravam pequenas porções e saboreavam com feições sérias.  Coisa de profissional.  Aqueles que podiam ver os pratos serem descobertos ficavam surpresos com a apresentação.  "Tanto talento escondido" dizia Natércia Luz Silva, que em conjunto com a Judite Manhão Branco e a Alice Airosa formavam a Comissão Organizadora.  Embora fosse a primeira vez que organizavam este tipo de evento, pareciam veteranas, tamanha a organização, com tudo detalhado por escrito e cumprido à risca. "Podemos agora exportar o nosso know how",  diziam brincando.

Após mais de uma hora de avaliação, era feita contagem de pontos.  Chamados os competidores, ouviram anunciar os resultados.  Pulos de alegria, gritos e muitos abraços e beijos.  Assim foi a reação da dupla ganhadora, a primeira a ser anunciada com 223 pontos obtidos.  Seguiram-se, em 2o. José e Maria com 141 pontos, 3o. Nanete e Virgílio com 137, 4o. Manuela e José com 132 e em 5o. Elsa e Julie com 123.  Ninguém demonstrava decepção com a classificação, pareciam envolvidos num clima de alegria por competir.

José, surpreso com o 2° lugar, dizia que não foi desta vez que voltava a Macau, após uma prolongada ausência de 30 anos.  "Deve-se à situação econômica desfavorável e o alto custo" afirmava com sentimento de saudades da terra natal. Referia-se ao prêmio do 1° colocado com passagens e acomodações pagas para ir a Macau, além do prêmio de R$ 1.300,00 (cerca de MOP 3.500)

O novo diretor presidente, Júlio Totó Branco comentava satisfeito, ao ver o clima de festa da Casa que irá administrar a partir de 1° de Abril - "a idéia da Comissão Organizadora do Encontro em promover o Concurso foi excelente. Proporcionou aos competidores, condições para mostrarem o seu talento.  É uma linda festa. As pessoas saem do anonimato e têm o seu trabalho reconhecido e divulgado, e isto é muito importante numa comunidade.  Iremos incentivar estes eventos na nossa administração.  Tenho fé que São Paulo estará bem representada na fase final do Concurso em Macau.  A Isabel é excelente e contará com a grande ajuda da Belinha.  Agora a expectativa é ver um grande subsídio ao Brasil, para irmos em massa ao Encontro".  As palavras do Totó vinham de encontro à reindivicação da Manuela Canavarro, 4ª colocada - "a Casa precisa organizar este tipo de evento.  Agita a gente".  Enquanto exultante abraçava o Totó, a Isabel contava "há muitos anos atrás, não me lembro exatamente quando, fiquei em 2° lugar num concurso de culinária promovido em Macau.  Vamos ver se pelo menos consigo repetir a classificação".

A festa continuou com a entrega dos certicados aos participantes, e os associados a saborear a comida e os doces feitos pelos competidores, que ao final, pouco sobrou para contar a história. "Uma delícia" era o que se comentava por aí.

 

Rogério dos Passos Dias da Luz

 
 
ONDE ESTÃO AS FOTOS E AS RECEITAS DA VENCEDORA DO CONCURSO?
Assim perguntavam-me neste final de semana na Casa de Macau.  Pois lhes digo, por respeito aos direitos autorais automaticamente adquiridos pela Comissão Organizadora do Encontro de 2004, patrocinadora do evento nas Casas e depois em Macau, o site Projecto Memória Macaense não as publica, salvo se houver uma autorização expressa. 
Depois da fase final do Concurso, será publicado um livro com as fotos e as receitas, tal como prevê o regulamento oficial.  É só aguardar mais um pouco, embora na foto genérica, feita à distância das mesas, poderão visualizar também os pratos da vencedora.
Rogério P.D.Luz
28/Mar/2004

 
 
JORNAL TRIBUNA DE MACAU noticia

JORNAL TRIBUNA DE MACAU 25/MARÇO/2004
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NA EDIÇÃO IMPRESSA, UMA PÁGINA INTEIRA FOI DEDICADA AO CONCURSO