Armando Santos, natural de Macau, desde miúdo adorava a música.
Sempre que possível, tinha o rádio, que a mãe lhe deu, sintonizado nas emissoras da Rádio Difusão de Macau, Vila Verde, a Rádio Hong Kong e a Commercial Radio. Além do gosto pelo canto, toca o piano, guitarra, baixo e bateria.
Formou o primeiro conjunto aos quinze anos e a já começou com:
* Actuações nas festas das escolas e no Club de Macau.
* Com o seu conjunto “Zenith” actuou em vários espectáculos organizados no Teatro Diocesano. Foi aí que começou a actuar só com composições próprias. Nessa época tinha já composto vários músicas de Rock e R&B.
A vida de músico profissional começou aos dezoito anos:
* Actuou, durante nove meses nos teclados e também como um dos vocalistas, no conjunto “New Flipsiders”, quando ocorreu a inauguração do Hotel Sintra.
* Após o termo do contracto no Hotel Sintra, juntou-se ao conjunto “Os Macaenses” e actuou no Hotel Estoril durante seis meses.
* Entrou na carreira bancária que exerceu até à sua ida ao Canadá em Junho de 1988.
* Entretanto, enquanto trabalhava no Banco, não conseguia se desligar do seu gosto à música e, por essa razão, sempre que possível, fazia actuações especiais em vários clubes.
* Em 1984, voltou-se a dedicar as noites à música, desta vez em carreira solo, como vocalista e pianista no Hotel Royal onde actuou, todas as noites, no “lounge” e no restaurante.
* Em 1985, nos fins de semana, para além do Hotel Royal, actuou também como baterista e vocalista com o Conjunto Portas do Sol, no Hotel Lisboa
* A convite da cadeia japonesa de hotéis Dai-Ichi, actuou no Dai-Ichi Hotel em Singapura.
* Para além dessas actuações, deu apoio musical à Operata em Patuá, escrita pelo nosso falecido conterrâneo José Santos Ferreira, melhor conhecido por “Adé”, assim como colaborou com alguns fadistas vindo de Portugal.
* Terminou as suas actuações no Hotel Royal e no Hotel Lisboa em Junho de 1988, quando emigrou para o Canadá.
No Canadá continuou com a sua carreira bancária assim como a sua paixão à música, actuando em vários eventos. Com todos estes anos no ramo musical tem, hoje, um extenso reportório, em várias línguas, que inclui músicas dos anos 30 até as actuais. Quanto a música de autoria própria, possui várias composições em lingua portuguesa, inglesa e no dialecto macaense, o patuá.
As músicas do 2º cd do Armando são totalmente cantadas em patuá, língua antiga de Macau. Com 18 canções, novamente lembra os tempos antigos de Macau, dos seus sítios/lugares, como o Café Ruby, costumes e particularidades da sua gente, exemplo da Chica Acuviteira. Na capa acima, faz uma dedicatória ao autor do PMM e esposa.
O video produzido pelo PMM quando da visita do Armando Santos ao Brasil em Dezembro de 2009. Armando canta "Corê Igreja", em patuá
Agradecimentos ao Armando Santos, Herculano Airosa (2 cds) e Conselho das Comunidades Macaenses (2º cd)