02/Dezembro/2010 - DIA DA GASTRONOMIA / Música e Baile
Após as solenidades, logo se iniciaram as apresentações musicais na sequência abaixo, entremeadas com o jantar e uma alegre e saudosista foto do grupo de gente da Fregresia de São Lourenço, tanto aqueles que lá residiram ou os que ainda residem. Seria maior, se pudesse haver uma participação mais ativa dos residentes de Macau.
José Luís Pedruco Achiam (Macau) foi o primeiro a se apresentar e sua única no Encontro. Com todos os requintes de um popstar, o macaense surpreendeu pela excelente apresentação e performance no palco, pois para os da Diáspora, pelo menos, era uma figura desconhecida. Cantou a composição do Rigoberto "Api" Rosário Jr. (com adaptação de Miguel Senna Fernandes) - Sabroso Nunca - da peça teatral em patuá de mesmo nome do Dóci Papiaçám di Macau, aliás o teatro que tanto se esperava ver mas não aconteceu, uma pena!
A Elsa Denton (EUA) trouxe 2 dançarinos que a acompanharam nessa sua apresentação. Mostrou o seu lado profissional e competência. É uma veterana dos Encontros e justifica bem, pois ela é um show, tanto no "american style" como uma macaense que canta músicas da sua terra natal. Se nome completo - Elsa Rosa Denton.
Armando Santos (Canadá) quase que não vinha para o Encontro, devido a outros compromissos, mas acabou aparecendo para se apresentar 2X, sendo esta a última. Até se chegou a comentar que talvez fizesse o lançamento de novo CD, já que possuía um novo lote de gravações, algumas cantadas nos seus shows. Armando é um polivalente em termos de variedades musicais que interpreta à vontade. Como bom macaense, prestigia bem o patuá, a fazer composições bem divertidas e que nos (macaenses) falem a respeito.
A Tuna Macaense (Macau) composta por 7 membros, até dispensa apresentação. Fez o seu belo show justificando ser a mais conhecida de Macau, já com 2 CDs gravados e 1 que deixou de ser publicado, ao que parece, com várias canções em versão chinesa (veja a página da Tuna no PMM). Não se sabe porque, embora alguns contam coisas não confirmadas. A Tuna foi a banda que mais se apresentou no Encontro, ora o grupo ora acompanhando a Ramana Vieira.
Ramana Vieira, portuguesa dos EUA, que tem o fado no sangue, fez uma bela interpretação "à moda de fado" da canção (composição de Rigoberto "Api" Rosário Jr.) - Macau - com a sua natural voz possante de uma fadista. Emociona, já que a canção é um hino dos macaenses. Além desta, cantou algumas outras, destacando o Besame Mucho, onde novamente a sua possante voz faz diferença. A Tuna Macaense não teve problemas em acompanhá-la, apesar de poucos ensaios (julgo). Coisas de profissionais. A Ramana será sempre bem-vinda aos Encontros, mesmo não sendo macaense, mas ligada às nossas origens portuguesas.
a merecida reverância à cantora por excelência
PMM Vídeo - Assista Ramana Vieira a cantar "Macau (terra minha)"
Michael Remedios (sem acento no e) e os Mystics pela 2a. vez apresentou-se nos Encontros. Eles representam o que temos das belas lembranças dos anos dourados de 60, especialmente do "soul music" que tanto dançavamos nos nossos "parties" ... que saudades!!! Velhos sucessos como Soul Time foram ouvidos. Até se perguntava quem era a atraente cantora que o acompanhava!
Remedios - sem acento no "e" (lê-se Rêmidios) - porque? Julgo que os cartórios de Hong Kong dos tempos de língua inglesa não utilizavam acento, assim eram registrados. A família Remedios em HK é tradicional e numerosa. O Michael, mesmo de linhagem distante, tem suas origens macaenses / portuguesas.
The Mystics nos anos 60
"nós somos da Freguesia de São Lourenço"
"Ai qui saiám" (que saudades). Esta foto "transpira" saudades. Lembranças dos velhos tempos da Igreja São Lourenço onde fiz a primeira comunhão, do Padre Moreira, da minha escola Seminário São José, da minha mãe Maria Marcelina atuante na Legião Maria, dos terço de bairro, da missa de meia noite do Natal, etc. etc. Esta gente que conviviamos nos velhos e bons tempos dos anos 50 e 60. Foi um privilégio ter vivido nesta época!
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Publicação Março 2011
