Realizou-se no dia 13 de Outubro de 2006, no
restaurante Portas do Sol, Hotel e Casino Lisboa, em Macau.
PATUÁ - Sete associações macaenses
assinaram um protocolo que pretende promover a candidatura do patuá a Património Universal Intangível. O Chefe do Executivo,
Edmund Ho, que tinha acabado de retornar de uma visita ao Vietname, no mesmo dia, compareceu para assistir à sua
assinatura, o que para muitos, significou um apoio tácito do Governo.
As 7 associações são: 1) APIM-Associação Promotora da
Instrução dos Macaenses, 2) Associação dos Macaenses, 3) Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas, 4) Clube de
Macau, 5) Instituto Internacional de Macau, 6) Dóci Papiaçam di Macau, e 7) Círculo de Amigos da Cultura de Macau.
CONFRARIA DE GASTRONOMIA MACAENSE / JOVENS -
Conforme o Jornal Tribuna de Macau, "da colaboração das 7 associações deve também nascer a Confraria, instituição destinada
à preservação e divulgação da culinária tradicional". Outros itens da cooperação visam os jovens, "como criar núcleos
na RAEM, espaços virados para as áreas sócio-cultural, desportiva e recreativa, procurando também providenciar visitas de
estudo a congéneres no estrangeiro".
O presidente da APIM. Dr. José Manuel Rodrigues disse
ao JTM "tanto as Casas de Macau como as próprias instituições do território, têm que encontrar meios para aproximar os jovens".
FRASES PUBLICADAS NOS JORNAIS
- Miguel de Senna Fernandes, presidente
da Associação dos Macaenses e também do Dóci Papiaçam, além de autor de publicações como o Dicionário do Patuá:
* " ... defesa do património e da diferença da RAEM
(JTM)", sobre a candidatura do patuá
* "o patuá é patrimônio da RAEM, não apenas
de uma comunidade (JTM)"
* "a candidatura não é fácil ... deve contar com o
apoio de todos (Ponto Final)"
* "toda a comunidade passa a ter outros olhos
relativamente às suas origens (PF)" ao citar do momento que o patuá passar a ter a proteção da UNESCO
* ainda a respeito do tópico anterior "a partir
daí, podemos dizer que se encontra um novo norte, porque as pessoas sabem que existe algo que lhes é comum e que parte das
suas raízes" (PF)
* "é preciso criar as condições para que os
jovens se mobilizem para se aproximarem dos projectos, mas são os jovens que se têm de dinamizar entre si" (JTM)
- Dr. José Manuel Rodrigues, em
seu discurso lembrou, não apenas o apoio das entidades oficiais da RAEM, mas igualmente dos Governos da República Popular
da China e Portugal, diz que todos estão preparados para enfrentar todo o processo, dure o tempo que for necessário "não
sei quanto tempo levará, mas certamente irá ser um processo prolongado, tal como acontece com outros casos, como o Fado e
a Ópera de Pequim" (JTM)
- Dr. Jorge Rangel, presidente do Instituto
Internacional de Macau, disse:
"temos a consciência que há muitos passos a dar e
que é muito difícil atingir os objectivos. Mas mesmo que não se alcance o objectivo traçado, fazemos todo um trabalho para
divulgar as tradições e raízes da comunidade" (JTM)
ACTIVIDADES DO DIA DA FESTA
- uma peça em patuá comandada pelo Carlos
Coelho, um antêntico mestre no dialecto, em companhia de outros actores (nomes a divulgar). O Carlos ainda traduziu
e leu o discurso de Dr. José M.Rodrigues em chinês. O PMM teve a oportunidade de assistir ao árduo ensaio do Carlos, a
ler repetidas vezes um rascunho com grafia em chinês e algo em português, assim julgo. Dizia " ... sobrou para mim",
já que ao que parece, era quem tinha mais condições de fazer a tradução. Aliás sobre isso, para o macaense da diáspora, ainda
mais para aqueles que deixaram Macau nos anos 60 para trás, ou 70, 80, é incrível ver como o macaense residente domina um
chinês mais sofisticado. O nosso pobre chinês, mais eu, que esqueci quase tudo, sofre quando falado em Macau, mesmo
àqueles que falam com fluência, mas as palavras e o modo de falar, mudaram um bocado!!!
- Os Thunders encantou
com sucessos do passado, como escreveu o JTM, emocionando a todos com a canção Macau, cantada por Rigoberto Rosário Jr. Api;
- Shows com mais 2 conjuntos
(nomes a publicar), bem como do "Elvis" de Macau, já tradicional nas festas macaenses, como no Encontro de 2004;
- Armando Santos fez o seu show
solitário mas equivalente a uma banda;
- Um karaoke diferente e muito divertido tendo
como personagens principais, Leonel Alves e José Manuel Rodrigues e outros amigos. Todos actuaram graças à extrema agilidade
do Armando Santos que com o seu teclado, acompanhou a todos que subiram ao palco. O público riu, aplaudiu e divertiu-se
com a inusitada apresentação e eu do PMM, fiquei até o fim da festa, fotografando as mais variadas expressões de rosto e corpo
dos cantores. Para mim, foi a primeira vez dentre as 8 viagens a Macau que vi uma apresentação tão alegre e divertida
dos personagens desse karaoke, num ambiente saudável e de confraternização. Foi bonito de se ver !!!
Vejam o que vi, nas minhas fotos publicadas no álbum
do Foto Repórter Macau, pois afinal, esse repórter não foi a Macau só para se divertir ou para participar da Reunião Preliminar,
mas mais para trabalhar com a máquina fotográfica, trazendo a vocês imagens inéditas e exclusivas que se eternizarão nos espaços
criados pelo Projecto Memória Macaense. O objectivo é integrar e somar, nunca destruir. Criar um espaço para falar
e mostrar imagens da comunidade e da nossa terra.
- Foi lançado o livro "Memórias do Oriente em Guerra-Macau"
de autoria de Leonel Barros, que foi homenageado.
- Armando Santos também foi homenageado
com o lançamento do seu CD;
- Além de Nuno Senna Fernandes
que também foi homenageado com uma guitarra baixo;
- Gastronomia: os jantares do
Portas do Sol acabam com a dieta dos que tentam seguí-la à risca. A comida ... huuummm ... só de pensar, é de dar água
na boca. A culinária macaense sempre presente, é de um sabor de dar saudades a qualquer macaense da diáspora. Impecável
e fabulosa !!! No mínimo, repete-se umas 3 vezes !!!
- Germano Bibi Guilherme: o cantor do
hino dos Jogos da Lusofonia deu uma canja a todos, cantando diversas canções, entre elas, Unchained Melody. Mostrou
toda a sua competência, mercecendo ser escolhido como o cantor do hino. Não o cantou, pois não tinha o "back", mas Armando
Santos não teve nenhum problema em acompanhá-lo com o seu teclado noutras canções.
- Para os sobreviventes do final da festa à 01:30 da
madrugada, foi tirada uma fotografia do grupo, e eu aí sentado no chão. Pelo menos nesta não fui o fotógrafo.
Rogério P.D. Luz