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COISAS DE PATUÁ

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UMA ANEDOTA
enviada por António Capitulé
Califórnia/EUA
 
Unga Dia, Tranquilino co Artemisia juntado co unga chonto di amigo-amiga ja vai pa unga piquenique na praia di Hac-Sa.
Artemisia entretida na praia brinca agua, di repente senti estomago revolta, fala:  Tranquilino, darling, iousa estomago ja solta, iou quere vai latrina faze
numero 2!
Tranquilino fala: Uvi Artemisia, aqui  perto non tem latrina, vos mas bom sa vai atraz di arbusto faze su numero 2 pa genti nadi ola.
Artemisia co unga ligereza di rato, bum, vira olo ja desaparece, qui azinha ja corre vai traz di arbusto. Passado quanto minuto, unga voz forti-forti guela:
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, Tranquilino, credo, iou ja aboooooorta, credo, iou ja aboooooorta.
Su marido Tranquilino empido perto di arbusto ja apanha grandi susto co estunga Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii  di Artemisia, rosto fica cor di cera azinha corre vai cudi ela.
Uvi Artemesia, qui cuza vos ta guela como unga doda, vos ja ola diabo, fomiga 
ta subi corpo? Qui cuza ja sucede?
Artemisia fala: Tranquilino, amor, nunca bom reva, iou senti iou ja aborta!
Credo, iou ja aborta!  Vos ola cham, perna co brasso pixote ta buli-buli, ramenda genti nada na praia.
Tranquilino aquele ora bassa cabeca tenta cham, fala: Artemisia, boba, vai sosega na, vos mas bom cala su boca...vos ta faze escandalo dianti di genti, pa'ra co su galantaria, abri su olo galado ola bem feto. Vai na, Aborta cuza na......
VOS  JA  FAZE  COCO  NA  RIVA  DI  UNGA  SAPO!!!!!
(faltam acentos, a serem acrescentados posteriormente)

CORAL DINAMENE
Foi fundado em Outubro de 1988 pelo Maestro António José Cruz Carvalho.  Era composto por cerca de 40 elementos na sua maioria ligados à Direcção dos Serviços de Educação e Juventude do ex-Governo Português de Macau. 
Não tenho notícias se o Coral continua a existir.  Tenho a impressão que não.  Porém deixou como legado um CD muito bonito, MEUS OLHOS VAN PER LO MAR, gravado nos estúdios da Rádio Macau no mês de Abril de 1993. É uma edição e produção de José Moças, da TRADISOM (www.tradisom.com)
Ouça a bela canção cantada em PATUÁ e acompanhe-a com as letras publicadas.  Não saberia dizer de quem é a autoria e a origem, mas é uma canção tradicional macaense, que certamente a minha mãe Marcelina Luz conhecia bem, nos velhos e saudosos tempos de Macau. A ela e aos que acreditam que o nosso patuá possa um dia ser - Património Universal Intangível - dedico a canção. (R.Luz)
BASTIANA
Quin quêrê amôr, Bastiana,
Prêcisa considérá
Amôr nunca sam brinco, Bastiana,
Pêgá torná largá
 
Quin quêrê pâ iôo, Bastiana,
Tánto ancusa lôgo dá
Apa, mútchi, côco, Bastiana
Pipis, cátuapá
 
Iôo quêrê pâ vôs, Bastiana,
Vôs quêrê pâ ôtro;
Dêus lôgo cástigá, Bastiana,
Fazê vosso ôlo tôrto.
 
Arvrê di papaia, Bastiana,
Pê já nàcê rabo,
Vêlo, velo olá rapariga, Bastiana
Boca còrê babo
 
Sobre a canção: "Conselhos a uma jovem macaense, conhecida por Bastiana.  Não deve brincar com o amor, deve retribuir o amor testemunhado (pelo autor das quadras), que entretanto se contenta com ser amado, sem mais exigências, e finalmente deve amar alguém da sua idade, deixando de parte algum pretendente velho (embora talvez rico!)"
*extraído do CD de Isabel Tello Mexia - Goa, Macau, Timor (da TRADISOM)
 
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