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POEMAS E POESIAS EM PATUÁ

retorna
 

José dos Santos Ferreira <Adé>
poeta macaense
seus poemas em patuá, lingua antiga de Macau
 

MACAU 2008
macau08.josesantosferreira.jpg
Homenagem ao Poeta - foto R.Luz

do seu livro Macau Di Tempo Antigo,

volume 3, editado pela Fundação Macau

em 1996, dedicou um poema ao Brasil

no dialecto macaense

 

BRASIL

 

Brasil

Di filiz brasiléro,

Tera di carnaval,

Co su alegre sombréro...

Pa Brasil nôs vêm cantá,

Co Brasil prendê sambá,

Burifado di amôr...

Brasil, sômente vôs, Brasil!

 

Brasil, filiz achado di Cabral,

Dóci lembránça di passado,

Filo di nôs-sua Portugal...

Brasil, Brasil vôs quánto más

Co alma jóvi vêm sambá,

Más arto-arto lôgo empê,

Quirido más lôgo ficá...

Sã!... Quelora vôs onçôm crecê,

Mundo intéro achá

Quánto vôs ta merecê,

Brasil, sômente vôs, Brasil!

 

Brasil, di alegre sámba capital,

Portám aberto pa Macau,

Como vôs nádi têm igual...

Brasil,Brasil têm coraçám,

Co alegria acolhê,

Na alma di vôs-sua Naçám,

Quim vôs-sua porta vai batê...

Sã!... Quelora vôs botá fervôr,

Mundo intéro olá

Quánto vôs têm di amôr,

Brasil, sômente vôs, Brasil!

Mai, Iou-Sua Mai

 

Mai, iou-sua, dóci amor,

Luz di iou-sua Sol, iou-sua calor,

Tudo vôs sã, quirida Mai,

D'iou-sua filiz coraçám.

 

Quelora iou quiança, sã vôs

Tudo ora olá si iou ta filiz;

Quánto amor, mimo sim fim,

Mai, vôs guardá sô pa iou.

 

Felicidade qui iou já gozá,

Sã vôs qui já dá;

Tudo carinho qui mundo têm,

Mai sã vôs qui já dá pa iou.

 

Bénça di Ceu, vôs já pedi

Pa iou-sua vida têm paz.

 

Mai, iou agora já crecê,

Tudo pa vôs, dá iou querê.

Vôs-sua amor, iou lô guardá,

Pa sempri na coraçám.

 

(veja a tradução ao lado)

<Mai, Iou.Sua Mai (Melodia:

«Mother of Mine»)>

 

MÃE, MINHA MÃE

 

Mãe, minha Mãe, doce amor,

Luz do meu Sol, meu calor,

Tu és, querida Mãe,

Tudo do meu feliz coração.

 

Eu ainda criança, eras tu

Quem sempre via se eu era feliz;

Quanto amor, mimos sem fim,

Não guardaste, ó Mãe, só para mim.

 

As horas de felicidade que gozei

Deste-mas tu;

Todo o carinho que no Mundo existe,

Ò Mãe, tu me deste.

 

Imploraste do Céu bênçãos,

Para que à minha vida não faltasse paz.

 

Mãe, agora que já não sou criança,

Tudo, tudo te quero dar.

Teu amor saberei guardar,

Eternamente no meu coração.

 

(poema e tradução publicados na revista

Nam Van nº 8 de 01/01/1985 - edição do

Gabinete de Comunicação Social do

Governo de Macau)