Memória Macaense
Seminário de São José
1º Encontro dos ex-alunos
O Seminário de São José foi fundado em 1728 pelos jesuítas ao serviço do Império português, no âmbito do acordo do Padroado português. Juntamente com o Colégio de São Paulo, construído pelos jesuítas em 1594 mas destruído por um incêndio em 1835, este seminário constituiu a base principal para a formação de missionários católicos para o Extremo Oriente, principalmente para a China. O currículo académico do Seminário era equivalente ao de uma universidade ocidental. Segundo a tradição local, o Seminário operou inicialmente em três pequenas casas oferecidas aos jesuítas pelo comerciante Miguel Cordeiro. Provavelmente, os jesuítas construíram um novo edifício de raiz em 1742 para substituir estas casas, que não se sabe ao certo se foram demolidas ou não.
Os jesuítas foram forçados a abandonar este seminário em 1762, quando foram expulsos pelas autoridades portuguesas, durante a supressão da Companhia de Jesus. Após este acontecimento chocante, o Seminário suspendeu as suas actividades até 1783, quando foi reaberto pelos lazaristas vindos de Goa. A Casa Real Portuguesa financiou os custos da sua reabertura, incluindo os gastos relativos à reparação, mobilação e contrato de professores e funcionários. Rapidamente, esta instituição de ensino granjeou uma grande reputação e formou muitos padres chineses. Em 1800, a Rainha D. Maria I deu a esta instituição o título real de "Casa da Congregação das Missões". É a segunda mais antiga instituição universitária de Macau, a seguir ao Colégio de São Paulo.
Durante as guerras napoleónicas, o Seminário teve grandes dificuldades em encontrar professores. De 1836 a 1860, as actividades de ensino do Seminário foram completamente suspendidas e interrompidas. Em 1862, este seminário foi devolvido aos jesuítas e reaberto. Porém, em 1870, eles voltaram a ser expulsos dos seus postos académicos, porque o Governo de Portugal proibiu qualquer estrangeiro de ser professor em seminários ou escolas católicas que operavam no Império português. Apesar dos protestos dos cidadãos locais, nomeadamente de Pedro Nolasco da Silva, este decreto foi implementado, afectando seriamente a educação portuguesa em Macau, já que a única escola ocidental que funcionava bem naquela altura era o Seminário de São José, cujos professores eram maioritariamente jesuítas estrangeiros e cujo ensino era desfrutado também por rapazes não-seminaristas. Com a expulsão dos jesuítas, o Seminário foi reorganizado e passou a ser operado por padres diocesanos locais.
Em 1890, os jesuítas voltaram a assumir o controlo do Seminário. Porém, com a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, todos os jesuítas foram novamente expulsos do Império português, incluindo Macau. O Seminário, gravemente atingido por esta medida, passou novamente a ser operado pelos padres diocesanos locais. Em 1916, o edifício que aloja o seminário foi submetido a grandes obras de remodelação e restauro. Em 1929, devido à falta de professores, os jesuítas, que tinham uma missão em Shiu-Hing, voltaram a assumir o controlo do Seminário. Em 1940, eles abandonaram definitivamente este seminário histórico, que passou a ser pertencente e administrado pela Diocese de Macau, através dos seus padres diocesanos.
No século XX, o Seminário de São José tornou-se de novo num dos principais centros de formação de missionários para o Extremo Oriente. Os seus estudantes eram oriundos maioritariamente de Macau, Hong-Kong, Portugal, Timor e China continental. O seminário era misto, ou seja, ministrava dois programas de ensino diferentes, um de matriz portuguesa e outro de matriz chinesa. O programa chinês, que tinha o português como língua estrangeira, seguia as directrizes e os programas oficiais traçados pela Igreja Católica chinesa, no sentido de formar missionários capazes de evangelizar a China. Além dos seminaristas, estudava também lá muitos rapazes internos e externos que, não sendo seminaristas, frequentavam o curso comercial e a instrução primária e secundária ministrados pelo seminário. Em 1924-1925, esta instituição de ensino chegou a ter 533 alunos matriculados, sendo 428 externos e 105 internos, dos quais 62 eram seminaristas.
Porém, em 1929, encerrou-se o internato dos colegiais, ou seja, dos que não eram seminaristas. Em 1936, D. José da Costa Nunes acabou com o curso comercial e, em 1938, com o externato, com o objectivo de cumprir as normas ditadas pela Santa Sé, que estabeleciam que os seminários deviam ser usados exclusivamente para a formação do clero. O externato acabou por ser reaberto em 1949. Mas, após o motim 1-2-3 e devido à falta de vocações sacerdotais, o Seminário de S. José foi encerrado em 1967 e o seu externato em 1968. Os poucos seminaristas que ainda restaram ou apareceram depois foram estudar para Hong Kong e Portugal. Desde 2007, as suas instalações foram reutilizadas para albergar o curso de Estudos do Cristianismo do Instituto Inter-Universitário de Macau, que ensina, entre outras coisas, teologia.
Durante mais de dois séculos, o Seminário de S. José formou sucessivas gerações de pessoas que se destacaram em Macau e no mundo, nomeadamente Pedro Nolasco da Silva, Pedro José Lobo, José Silveira Machado, Manuel Teixeira, José Machado Lourenço, D. Jerónimo José da Mata, o cardeal D. José da Costa Nunes, D. Arquimínio Rodrigues da Costa, D. Domingos Lam Ka-tseung, D. José Lai Hung-seng e D. Jaime Garcia Goulart.
Em contraste com a arquitectura imponente da Igreja de S. José, anexa ao seminário e construído em 1758, o edifício do Seminário é simples, neoclássico e possuiu um claustro. As paredes do edifício são construídas em tijolo cinzento e suportadas por fundações em granito. A organização interior dos compartimentos é de forma tradicional, possuindo dois corredores largos e longos de 80 metros, que dão acesso às várias salas de aula. (Wikipédia)
Alunos externos nos anos 50
Alunos Externos - Curso de Preparatórios
3º. ANO
24. António Augusto Nogueira da Canhota
25. António Bruno Machado de Mendonça
26. António Chek do Rosário
27. António Manuel dos Santos Sapage
28. António Sousa
29. César Ferreira Placé
30. Daniel Henrique Dias
31. Délio Herculano Montalvão Gomes Eusébio Pereira da Silva
32. Dionísio Delmonte Dias
33. Eduardo Ambrósio
34. Eduardo Jacinto Jr.
35. Francisco José Manhão
36. Francisco Xavier Rodrigues César
37. Geraldo Gabriel Gomes
38. João Américo Rodrigues
39. João Manuel Ambrósio
40. João dos Santos Capitulé
41. José Rosário Manhão
42. Júlio Noronha de Assunção
43. Luís do Rosário
44. Natalino Conceição Couto Wong
45. Paulo Ung Baptista
46. Rogério dos Passos Dias da Luz
2º. ANO
47. Agostinho Francisco de Assis
48. Aleixo Alexandrino de Siqueira
49. Alexandre Armando de Assis da Silva
50. Álvaro Egídio Dias
51. António Agostinho Andrade de Miranda
52. António Belarmino do Nascimento da Luz
53. António Eduardo Lameiras
54. António Valentim da Silva Nogueira
55. Carlos Alberto de Jesus
56. Carlos Martins Henriques
57. Fernando António Fão
58. Fernando J ósé Lameiras
59. Fernando Plácido Carion
60. Fernando Luís Coloma de Sousa e Sales
61. Fernando Maria de Assunção
62. Fernando Sousa Sequeira
53. Geraldo Guilherme Nogueira de Siqueira
64. Hó Wai Lai
65. Jaime Robarts Jr.
66. Joaquim Gonçalves Gomes da Silva
67. Jorge Delgado Gabriel
68. José António Carion Jr.
69. José António dos Reis
70. José Bruno Machado de Mendonça
71. José Chan
72. José do Espírito Santo Guilherme
73. José Jacinto
74. José Osvaldo do Rosário
75. Leonel Humberto Ferreira Correia Couto
76. Luís António Baptista
77. Luís Manuel de Pina
78. Manuel Porfírio Campos Pereira
79. Napoleão da Fátima' de Assis
80. Orlando Vicente Sales
81. Pedro Chung
82. Simão Jorge Sánchez
1º. ANO
83. Alberto Guerreiro Amante Sóares
84. 4lfredo do Espírito Santo
85. Angelo João Maria de Carvalhosa .Ir.
86. António Erasmo Pedro
87. António do Espírito Santo
88. António Saturnino Lobato de Faria
89. Carlos Alberto Rodrigues Ângelo
90. Carlos Manuel Variz
91. Daniel Domingos António
92. Evaristo Manuel Dimas Pina
93. Fernando Germano Neves da Rosa
94. Fernando lnácio
95. Fernando Rodriguez Ferreira de Almeida
96. Fernando Valentim da Silva Nogueira
97. José Armando dos Reis Gomes
98. José Brum Amaral
99. Manuel Joaquim Carreiro
100. Manuel Maria Gomes
101. Mário Alberto Gabriel
102. Mário Augusto Pedro
103. Mário Eugénio Baptista da Rocha
104. Porfírio Nito de Sousa
105. Reinaldo do Espírito Santo
Actividades Diversas dos Alunos Externos
Actividades dos Alunos Internos/Seminaristas
Os ex-alunos no Encontro de 2011 - veja como foi
Publicação Setembro de 2011