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GASTRONOMIA MACAENSE

GUIA
 
O Projecto Memória Macaense mudou-se para o endereço abaixo, com novo visual e renovado.  Este site não será mais actualizado, mas será preservado.
 

Maria Celestina de Melo e Sena

Cozinhados de Macau - receitas
do livro de receitas de sua autoria, sem data de edição,
porém deve ser anterior aos anos 60 e distribuído em Macau
São receitas mais tidas como uma referência da culinária macaense

Cecília Jorge
Tacho do Diabo
gastronomia macaense comentada e receitas
fonte: Revista Macau de 1993/1994
receitas de Trouxas de Carne e Ade Cabidela
 
receitas de Almôndegas de Hortelã e Sopa de Aletria

Henrique Manhão
escreve sobre
as pessoas da comunidade macaense na 
gastronomia macaense

Luís Machado
presidente (2010) da
Confraria da Gastronomia Macaense
do seu artigo no Jornal Tribuna de Macau

Jornal Tribuna de Macau

o que foi notíciado

cgm_logo.jpg

CONFRARIA DA GASTRONOMIA MACAENSE
Com sede em Macau, China, ex-território português por 420 anos até 20/12/1999, a Confraria tem como um dos seus principais objetivos. a preservação e divulgação da culinária macaense. Visite o site próprio:
Seus atuais orgãos sociais são

 

Presidente:

 

Luís Augusto Pimenta de Castro Machado

Secretário: Sebastião Israel da Rosa
Tesoureiro: Gafura Bibi dos Santos
Vogal: João Manuel Salvador dos Santos Ferreira
Vogal: Maria Luiza da Conceição Hagedorn Rangel

Para qualquer contacto, intercâmbio ou outra iniciativa, comunique-se com a Confraria pelo e-mail do site oficial.
No entanto, para os visitantes brasileiros, especialmente de São Paulo, onde é a residência deste portal, o Projecto Memória Macaense, por iniciativa própria, pode eventualmente contribuir, dentro das suas possibilidades, para auxiliá-los nos contactos ou esclarecimentos, ou até alguma iniciativa.

mais receitas da culinária macaense ...

as receitas da comunidade macaense de São Paulo
 
clique por página - 01 / 02 / 03 / 04 / 05

A ORIGEM DA CULINÁRIA MACAENSE
 
A culinária de diferentes portos

Um toque de Moçambique, outro de Malaca e da Índia, aos quais ainda se juntam os ingredientes da China às receitas de Portugal: assim nasce a culinária macaense, uma gastronomia centenária fortemente marcada pela confluência de sabores

“Dizer que a culinária macaense é um parente pobre da gastronomia chinesa é errado, tal como também o é dizer que é muito parecida à comida portuguesa, porque é muito mais do que isso”. Quem o afirma é Hugo Bandeira, membro fundador da “Confraria da Gastronomia Macaense”, argumentando que a comida macaense é uma mistura dos vários ingredientes que os portugueses foram recolhendo na rota de Portugal até Macau. “A culinária macaense até nos pode fazer pensar que já provamos algo parecido em Malaca ou qualquer coisa semelhante na Índia ou Moçambique, porque eram exactamente os portos por onde passavam os portugueses, recolhendo ingredientes que acabavam por ser misturados em Macau”, justificou o também o professor do Instituto de Formação Turística.

Uma opinião partilhada pelo presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), José Manuel Rodrigues, que realça que a gastronomia macaense “é, por natureza, uma grande mistura de diversas culinárias existentes em vários locais do mundo”. Mas o mesmo responsável ressalva que, mesmo com toda esta fusão de culinárias, a gastronomia macaense “tem o seu sabor próprio e genuíno”. “Ao longo dos séculos adaptamos culinárias de diversas origens, mas mantivemos a originalidade da nossa cozinha”, frisou o dirigente.

O projecto, contudo, foca outras áreas além da culinária em si, tais como a investigação e a formação, tudo para “dar a conhecer mais da cozinha tradicional macaense, uma gastronomia de fusão”, ressalvou Hugo Bandeira. Para tal, a confraria irá proceder à recolha de receitas de várias famílias de Macau, algo que servirá também para aprender um pouco mais sobre a gastronomia local. “Temos que chegar a um consenso sobre o que é a comida macaense, porque é um conceito complicado que com o passar do tempo dilui-se cada vez mais”, alertou Hugo Bandeira, que defende a modernização da culinária, “mas sem afectar a base dos ingredientes e o sabor”.

*extraído do Jornal Tribuna de Macau ( www.jtm.com.mo ), edição de 10/Janeiro/2007

MÚSICA SOBRE A CULINÁRIA MACAENSE
 
Os Macaenses gostam tanto da sua culinária, que até dedicam canções a ela.  Armando Santos, talentoso macaense, escreveu a canção COMIZAINA, na qual, no dialecto macaense, o patuá, fala das nossas comidas, inclusive a chinesa.  Ouça-a, acompanhando com as letras da canção logo abaixo, e sinta o sabor virtual da culinária que pode ser degustada em Macau, de dar água na boca. (clicar na seta, se necessário, 2x para ouvir a canção)
Vá a Macau e delicie-se da culinária macaense !!!

O PATUÁ, dialecto macaense, é candidata a Patrimônio Mundial Intangível (Imaterial)

 as letras da canção

COMIZAINA

Armando Santos

 

QUIM JÂ FALÂ, NÔS MAQUISTA SABE GOZÂ

DIVERSA SÃ GOSTÂ, COMÊ ATÉ BARIGA INCHÂ

NÔS NON TÊM CULPA, TUDO HORA SÃ TEM PASSÂ

TANTO COMIZAINA, QUE NÔS SENTI TÂ REBENTÂ

 

NÔS TEM, BAFÁSSÁ, CHAU CHAU PELE E ÁDÊ CABIDELA

NÔS TEM, MARGOSO-LORCHA, PEIXE CUCÚS E CAPELA

NÔS TÊM, DIABO, PORCO SALMORADO OU COM ‘CHAMPIGNON’

TÊM CASQUINHA, MINCHI, LAPA, TÊM PANADO DE CAMARÃN

 

QUELORA ARANJÂ, FESTA FESTA PÂ DANÇÃ

TANTO COMIZAINA, NÔS SÃ NADI LÔGO FALTÃ

NOSOTRO SÃ MAQUISTA, NÔS SÃ CAPAZ COZINHÃ

QUELORA FALÂ COMÊ, NOSOTRO TUDO SÃ GOSTÃ

NÔS TEM, COSCURÃO, CHILICOTE, COM LACASSÃ

NÔS TEM, BICHO-BICHO, CABELO DI NOIVA E SAMOSA

NÕS TÊM, BOLO MENINO, PÃO RECHEADO, ‘CHEESE TOAST’ OLÂ

BOLO MÁRMORE, ‘HÁ TÓ SI’, FARTI NÔS TAMBEM GOSTÂ

 

CHINA CORÊ RUA, TUDO HORA TÂ CARTÂ

TANTO BUBURIÇA, PÂ COMÊ QUI NÔS REBENTÂ

VOSÔTRO TÊM NA CASA, COMIZAINA TÂ PASSÂ

CUSA SI SABROSO, FAZE NOSÔTRO TÂ BABÁ

 

NÔS TEM, ‘CHU CHEONG FAN’, ‘CHU HONG CHOK’ OU ‘KÁP TÂI’

NÔS TEM, ‘LÓ PÁK KÔU’, APABICO COM ‘KÓK CHÂI’

NÕS TÊM, ‘HÁM CHI PEÁN’, NGÂU LEI SOU’ E ‘IAU CHAU KUAI’

‘SÔN KOU’, ‘ANG KOU’, LÓ PÁK KOU’, PÂ COMÊ ATÉ BARIGA CÂI

VÔS NUNCASSA, MEDO FOME NÃO TÊM COMÊ

SE NUNCA PASSÂPORTA, CHOMA LOJA LÔGO TRAZÊ

SÃ DIA OU SÃ NÔTE, COMIZAINA NADI FALTÂ

TEMPO QUENTE, TEMPO FRIO, SÂI SOL OU CÂI CHUVA

 

‘MIN PAU’ QUENTE-QUENTE, CHINA NA RUA TÂ GRITÂ

‘CHÁ SIU’, ‘SIU ÁP’, SIU IÔK, QUI SABROSO PÂ TAFULÂ

‘CHI MA VU’ COM ‘HONG TAU CHÔK’, SÃ QUI BOM PÂ LAMBUSÂ

‘TAU FU FÁ’ COM ‘TONG IUN’, NÔS TÂ DALE QUE NADI PARÂ

 

VOSÔTRO TÂ OLÂ NÔS QUI TANTO COISA COMÊ

TUDO QUI SABROSO, QUE NÔS NÃO PODI ESQUECÊ

NÔS UIDE GOSTÂ, FERÂ NOSOTRO SÃ BALICHÃN

SÃ ASI QUI NÔS FALÂ, NÔS SÃ MAQUISTA DE CORAÇÃN.

 

(Música e Letras por Armando Santos)